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30 de abril de 2024
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“Absurdo”, diz presidente da APPM sobre reoneração da folha em discurso na Câmara

Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados

O Presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Toninho de Caridade, criticou duramente a proposta de reoneração da folha salarial dos municípios do Piauí. A declaração foi dada durante discurso na Câmara Federal na tarde da última terça (16). O dirigente piauiense e representantes de todo o Brasil participaram da comissão geral de debate da Câmara dos Deputados sobre a manutenção da redução da alíquota previdenciária patronal de 8% para Municípios.

O Projeto de Lei impacta negativamente os municípios em R$ 6,3 bilhões este ano e cria regras diferenciadas elevando a alíquota de contribuição para 14% já em 2024, 16% em 2025, 18% em 2026, e retornaria a 20% a partir de 2027. O texto elevaria os gastos com a folha de pagamento de milhares de cidades brasileiras, a matéria deixa de beneficiar 2,9 mil cidades. A medida atual contempla 5.366 cidades. Além disso, ao contrário do que prevê a lei, a proposta do governo federal teria vigência apenas até 2026 e não de forma permanente.

No Piauí o projeto impactará negativamente em 14% os municípios já neste ano de 2024, com prejuízo de R$ 125.549.734 milhões. Em 2025 a perda seria de 16%, com queda de R$ 191.226.596. Em 2026 o impacto seria de R$ 219.238.537 milhões negativos, com redução de 18%. Ao fim do projeto a queda chegaria a 20% em 2027 com um impacto de R$ 247.250.478.

Toninho de Caridade esclareceu o impacto que o projeto proposto pelo governo Lula trará ao estado.

“Não podemos mais penalizar os municípios, os municípios tem que ter voz e vez. Temos que unir forças para fortalecer a causa municipalista Tratando do PL 1027, o primeiro ponto ele fere a maioria do congresso nacional, ele não atende de forma alguma os municípios. Dos 224 municípios, 222 está sendo atendido com a lei aprovada. Com essa lei aprovada apenas 20% dos municípios seriam atendidos. Isso é um absurdo, faltou diálogo, faltou discutir com os municípios essa questão da urgência de votar esse projeto”, afirmou.

O dirigente ainda revelou que os prefeitos não aceitarão a imposição da medida. “Não aceitamos de forma alguma esse projeto. No Piauí o impacto é de mais de R$ 247 milhões. É uma vitória que conquistamos, que ao mesmo tempo estão querendo nos tirar. Quero ressaltar que aceitamos discutir. Aceitamos sentar na mesa, mas não podemos deixar que esse PL seja feito de goela abaixo nos município”, concluiu.

Fonte: O Dia

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