Os custos para construir no Piauí estão mais caros, é o que informa os dados mais recentes do Índice Nacional da Construção Civil (SINAPI), divulgados pelo IBGE. Em janeiro deste ano, o Piauí registrou uma inflação no setor de 2,07%, a maior do Nordeste e a segunda maior do país, ficando quatro vezes acima da média nacional de 0,51%.
Com esse aumento, o custo médio do metro quadrado no Piauí alcançou R$ 1.730,32, o segundo maior da região, atrás apenas do Maranhão (R$1.744,20). Esse valor representa um crescimento de quase R$ 32 em relação a janeiro de 2024, quando o Estado já havia registrado a maior variação do Brasil, com a inflação de 1,9%.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil em Teresina-Piauí (Sinduscon Teresina-Piauí), Guilherme Fortes, esse encarecimento tem sido mais intenso no Estado, no entanto, quando se compara o valor do custo do metro quadrado à média nacional, no Piauí, ele ainda é menor. “Mas essa alta da variação continua preocupando setor e o impacto do aumento dos custos pode se refletir no mercado imobiliário, tornando as obras mais caras”, pondera Fortes.
O Nordeste, entre as cinco regiões do país, foi a que obteve maior avanço mensal no valor médio para a Construção Civil, com 0,61%. Por outro lado, quando se observa o valor cobrado pelo trabalho, o da Região é o menor do país, com R$ 1.674,30.
De acordo com o estudo do IBGE, a alta nesses preços foi impulsionada pelo aumento no custo dos materiais e pelo reajuste nas categorias profissionais da Construção Civil. No acumulado de 2024, a inflação do setor no Piauí foi de 4,98%, superando a inflação oficial do país no período que foi de 4,83%.
