Um vídeo de câmeras de segurança mostra o momento em que um casal é agredido supostamente por um estudante de medicina em um restaurante, em Parnaíba (no litoral do Piauí). Segundo relato das vítimas e de testemunhas ouvidas pela polícia, antes da agressão física, o casal teria sido vítima de comentários homofóbicos no interior do restaurante na madrugada do último sábado (30).
A Delegacia Seccional de Parnaíba investiga o caso. O estudante de medicina, indicado como autor das agressões, deve ser indiciado pelos crimes de homofobia e lesão corporal grave. Ele também prestou queixa contra as vítimas.
O vídeo de circuito interno de segurança de uma loja da frente do restaurante mostra que, pouco depois de 1h, uma das vítimas sai do estabelecimento e é seguida de perto pelo estudante de medicina.
Já na calçada, a vítima é, violentamente, atingida por um soco na região da cabeça e cai no chão, sem reação. Imediatamente, dois seguranças do estabelecimento agem para conter o agressor, que é levado ao chão por um dos seguranças e imobilizado por alguns segundos.
A vítima é socorrida e logo um grande número de pessoas surge do lado de fora do estabelecimento.
Os seguranças afastam as pessoas que tentam se aproximar do agressor. A polícia disse que a vítima perdeu a consciência e minutos depois recobrou e foi apoiada por outras pessoas. Neste momento, o estudante de medicina é liberado pelos seguranças e, novamente, tenta se aproximar das vítimas quando é contido por populares.
Após cerca de dois minutos de confusão, o estudante é retirado do local e levado para um veículo. A reportagem apurou que a vítima atingida por um soco sofreu uma fratura no cotovelo, no momento da queda. Os exames de imagens indicaram ainda que a vítima sofreu um estirão no tendão e deverá ficar afastada do trabalho por 60 dias.
De acordo com a polícia, a vítima sofreu lesão corporal de natureza grave, o que complica a situação do agressor. Ainda de acordo com a Polícia Civil, seis pessoas já foram ouvidas, entre elas o casal vítima das agressões verbais e física e o agressor.
Por Adriana Magalhães / CidadeVerde
