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3 de maio de 2024
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TSE e redes sociais discutem bloqueio financeiro de sites bolsonaristas

Foto: site/TSE/divulgação

O ministro Luis Felpe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a delegada Denisse Dias Ribeiro, da Polícia Federal, se reuniram nesta quinta-feira (19) com representantes de redes sociais a fim de discutir formas de viabilizar o bloqueio de recursos financeiros para canais bolsonaristas que disseminam conteúdo falso na internet.

O bloqueio de repasses de dinheiro de redes sociais para esses canais foi determinado na última segunda-feira (16) pelo ministro Salomão, corregedor-geral da Justiça Eleitoral .

A decisão atendeu a um pedido da Polícia Federal, que investiga a organização e o financiamento de ataques ao sistema eleitoral.

Responsável pelo pedido, a delegada Denisse Dias Ribeiro afirmou que a medida não representa uma censura nem perseguição.

De acordo com a delegada, as apurações identificaram um grupo de canais que usam como método a pulverização da desinformação e a comercialização de ideologia política.

“É isso que queremos evitar. Não se trata de censura, nem mesmo perseguição. Por isso, a forma mais indicada é retirar o incentivo financeiro dos canais listados”, disse.

Os policiais identificaram uma engenharia supostamente criminosa que, segundo as investigações, transformou a divulgação dessas mentiras sobre as urnas em negócio.

De acordo com a decisão da última segunda-feira, os valores que seriam repassados pelas redes sociais a esses canais, páginas e sites bolsonaristas ficarão indisponíveis, depositados em uma conta judicial até o fim das investigações. Enquanto isso, os canais vão continuar no ar.

O objetivo do TSE é secar a fonte de recursos financeiros dos sites que ganham dinheiro propagando uma campanha infundada contra o sistema eleitoral e contra a própria democracia.

Segundo o ministro Salomão, a reunião desta quinta buscou estabelecer um diálogo de cooperação e tirar dúvidas das plataformas digitais.

“Eu tenho muita expectativa de que formemos aqui uma conscientização da relevância desse momento, no qual a colaboração do setor público e privado nesse diálogo é fundamental para se chegar a um bom termo em prol da sociedade, e para que a Eleição de 2022 transcorra dentro da normalidade”, afirmou o ministro.

De acordo com informações do TSE, a delegada também alertou sobre a possibilidade de que os canais que tiveram os recursos bloqueados usem métodos ilícitos para continuar a disseminar informações falsas e ataques à Justiça Eleitoral.

Entre os mecanismos que podem ser aplicados estão a criação de canais alternativos na mesma rede social, a mudança de plataforma para outra que o perfil não teve os recursos bloqueados, o uso de canais de terceiros não alcançados pela decisão e a utilização de canais com domínios registrados em outro país.

Fonte: G1

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