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23 de abril de 2025
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Trump recua e retira tarifa de 125% sobre celulares e eletrônicos

Donald Trump - Foto: Isac Nóbrega/PR

O governo dos Estados Unidos decidiu excluir smartphones, computadores e outros dispositivos eletrônicos das tarifas extras anunciadas no contexto das chamadas “tarifas recíprocas” do ex-presidente Donald Trump. A mudança foi oficializada nesta sexta-feira (12) por meio de um comunicado da Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês), responsável pela aplicação da nova política tarifária.

A medida revoga, de forma específica, a tarifa de 125% que havia sido imposta a mais de 300 categorias de produtos importados. Agora, cerca de 20 categorias foram retiradas da lista, entre elas dispositivos semicondutores, unidades de disco, painéis de tela plana e, principalmente, smartphones e notebooks, dois dos itens com maior volume de importação.

A isenção vale de forma retroativa a partir de 5 de abril e não anula o restante das tarifas. Ou seja, a nova política de reciprocidade que impõe sobretaxas contra países que praticam alíquotas maiores que as dos EUA continua em vigor, mas com exceções pontuais que atingem diretamente a cadeia da tecnologia de consumo.

Embora o governo norte-americano não tenha apresentado justificativas detalhadas, a decisão é interpretada por analistas como um recuo estratégico. Empresas do setor tecnológico vinham alertando para o impacto direto da medida nos preços finais ao consumidor, além de possíveis perdas na competitividade de empresas norte-americanas, muitas das quais dependem de cadeias globais de produção.

A política tarifária de reciprocidade havia sido retomada por Trump com a justificativa de proteger a indústria nacional contra práticas consideradas desleais por parte de outros países, especialmente a China. No entanto, ao incluir itens como smartphones e laptops, a medida encontrou resistência dentro do próprio setor privado.

A alteração atual sinaliza que, mesmo dentro de uma política mais protecionista, há um esforço do governo para calibrar os efeitos da tarifação sobre o consumo interno principalmente em um momento de sensibilidade econômica e com a aproximação das eleições presidenciais.

Com informações da Agência Brasil

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