Nesta quinta-feira (10), o novo presidente estadual do PL, Tiago Junqueira, explicou que as metas eleitorais do partido no Piauí para 2026 estão alinhadas às estratégias do diretório nacional. Apesar das dificuldades enfrentadas em pleitos anteriores, o empresário paulista, que mora há 20 anos no estado, afirmou que a intenção é conseguir eleger pelo menos um deputado federal.
“Eles [diretório nacional] sabem que é muito difícil a vida do PL aqui no Piauí. Tivemos apenas 30 mil votos na eleição de deputado em 2022, e é preciso alcançar 170 mil votos para eleger um deputado federal. A missão é tentar eleger um deputado federal, diminuir essa diferença na votação para presidente e melhorar o desempenho do presidente Bolsonaro, ajudando-o a voltar ao poder”, declarou o dirigente partidário.
Além da baixa votação dos candidatos das chapas proporcionais do PL no Piauí na última eleição, o partido obteve pouco mais de 23% dos votos válidos do eleitorado piauiense no segundo turno da disputa presidencial, contra os quase 77% conquistados por Lula (PT), que venceu aquele pleito. Ao comentar esse desempenho eleitoral, Tiago Junqueira criticou os eleitores petistas.
“As pessoas que mais vão me criticar e criticar o presidente Bolsonaro são justamente as que deveriam estar votando nele e nos elogiando. A grande maioria que vota no Lula é composta por quem recebe Bolsa Família, funcionários públicos — e o aparelhamento público está generalizado — ou por pessoas corruptas. Essas três classes são as que mais votam no PT”, disparou o empresário paulista, que comparou o comportamento eleitoral do Nordeste ao de estados do Sul e Sudeste.
“Onde está a maior votação do PT proporcionalmente? No Nordeste. Onde está a maior porcentagem de Bolsa Família e outros auxílios? No Nordeste. Se compararmos com Santa Catarina, o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste — onde a direita é mais forte —, é nesses lugares que o Bolsonaro vence. Você pode ver que a maior parte das pessoas que votam na centro-direita têm maior escolaridade, são empregadores, tomadores de risco, pessoas que pagam impostos. São coisas que não entram na minha cabeça. As pessoas que amanhã ou depois estarão nos criticando serão, na verdade, as que mais serão beneficiadas. Criticam o Bolsonaro, odeiam o Bolsonaro, chamam-no de genocida, xenofóbico, racista e homofóbico”, completou.
Bolsonaro candidato
Durante a entrevista, o presidente do PL no Piauí defendeu a anistia aos condenados pelas manifestações de 8 de janeiro e afirmou que o ex-presidente vem sendo alvo de uma “perseguição” para impedi-lo de disputar a próxima eleição presidencial.
“O que estou enxergando hoje, como cidadão brasileiro, é uma perseguição política do atual presidente Lula, que deixou de governar o Brasil para perseguir o ex-presidente. É uma covardia o que estamos assistindo. Seja pelos processos contra o ex-presidente Bolsonaro, seja pela acusação de golpe. Sobre a prisão dessas pessoas que foram lá praticar vandalismo, acho que o correto seria identificar e individualizar quem depredou ou cometeu algum ato de vandalismo contra os prédios públicos, iniciar um processo em primeira instância contra essas pessoas, puni-las adequadamente, e não prendê-las por dois anos, como foi o caso dessa Débora e de tantos outros, apenas por terem pichado um ‘perdeu, mané”, argumentou.
Ciro como vice
Por fim, Tiago Junqueira afirmou que, além da candidatura de Jair Bolsonaro, acredita na possibilidade de Ciro Nogueira compor a chapa como candidato a vice-presidente.
“Na minha opinião, há um grande risco de o próximo vice-presidente ser piauiense. O senador Ciro, acho que está entre os nomes cotados para ser escolhido. Então, não consigo entender essas pessoas aqui do Nordeste, do Piauí, que atacam tanto o presidente Bolsonaro e idolatram tanto o Lula, enquanto o Piauí está como está, sendo governado pelo PT há 20 anos”, concluiu.
Fonte: CidadeVerde
