A forte chuva que caiu em Teresina na noite desta terça-feira (22) deixou o prédio onde funciona o Lacen-PI (Laboratório Central do Estado do Piauí) parcialmente alagado. Nesta quarta (23), os servidores do laboratório realizaram uma manifestação por melhores condições de trabalho e valorização salarial.
Um vídeo enviado a reportagem foi gravado no momento em que a água da chuva invade algumas das salas do Laboratório Central do Estado. No vídeo, é possível ver o acúmulo da água em salas com equipamentos eletrônicos, o que aumenta o risco de um curto-circuito.
Através de nota, a Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (Sesapi) informou que a empresa responsável pelas obras no Lacen-PI foi acionada para entender o que provocou o alagamento no prédio.
Até o momento, segundo informações da administração do Lacen-PI, os serviços não foram paralisados por conta do alagamento e que os funcionários estão trabalhando normalmente.
A Sesapi informou também que o prédio está passando por reparos no telhado, almoxarifado, instalações elétricas e adequação de dormitório para funcionários.
A presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Estado do Piauí (Sindespi), Geane Sousa, enviou um vídeo à reportagem criticando a precariedade das obras que estão sendo realizadas no laboratório.
“Está sendo feita a reforma. Mas a que preço? Há mais de dois meses a fossa estourada. Olha a situação. É por esse motivo que estamos fazendo a paralisação. Queremos qualidade de trabalho, do ambiente. Não dá. Estamos todos de braços cruzados. Exigimos respeito”, destacou Geane Sousa.
Manifestação
Os funcionários do Lacen-PI lutam por melhores condições de trabalho e valorização salarial. Segundo informou Geane Sousa, a maioria dos servidores operacionais recebiam vencimentos abaixo do salário mínimo.
“Depois de janeiro de 2022, o governo igualou todos com apenas um salário mínimo, independente de classe ou padrão. Reivindicamos que o governo organize a tabela de vencimento desses servidores da forma correta”, explicou Geane Sousa.
Já os farmacêuticos buscam que o governador Wellington Dias cumpra a Lei nº 7.347 e atualize o plano de cargos e salários. Além disso, o SINDESPI reivindica os enquadramentos e adequações de proventos dos inativos e pensionistas, referentes às leis estaduais nº 6.201/12 e 6.560/14.
O que diz a SeadPrev
O Cidadeverde.com entrou em contato com a SeadPREV (Secretaria de Administração e Previdência do Piauí), que trata tanto de reajuste quanto de progressão dos funcionários da saúde no Piauí. Até a publicação desta matéria, a assessoria da secretaria não se manifestou sobre o assunto.
Fonte: Nataniel Lima / CidadeVerde
