18 de março de 2025
Cidades em Foco
GeralPadre Marcos

Nimesulida faz mal? Veja riscos e restrições do medicamento

Reprodução/Pixabay

Dados da consultoria Close-Up International indicam que mais de 102 milhões de caixas de nimesulida foram vendidas no Brasil no último ano. O medicamento, utilizado no tratamento de dor e inflamação, é o terceiro mais comercializado no país, ficando atrás apenas de losartana e metformina. A substância atua na redução da produção de prostaglandinas, compostos responsáveis por processos inflamatórios. O uso prolongado, no entanto, pode resultar em danos ao fígado, rins e coração.

Apesar da alta demanda no Brasil, a nimesulida é proibida nos Estados Unidos e em diversos países europeus devido ao risco de toxicidade hepática. Relatos de insuficiência hepática e hepatite fulminante levaram países como Irlanda, Espanha e Finlândia a suspender a comercialização do medicamento. Em alguns casos, pacientes necessitaram de transplante de fígado após o uso da substância.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) iniciou restrições à nimesulida nos anos 2000, culminando na proibição em grande parte da Europa em 2010. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) nunca aprovou o fármaco, citando riscos hepáticos identificados em estudos clínicos e relatos médicos internacionais.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantém a autorização para a venda, mas impõe restrições. O medicamento só pode ser comercializado com prescrição médica, o uso deve ser limitado a 15 dias e há contraindicação para crianças menores de 12 anos e pessoas com histórico de doenças hepáticas.

A nimesulida é indicada para o alívio de dores musculares, incluindo distensões, contusões e tendinite, além de dores articulares causadas por artrite e artrose. Também pode ser utilizada em casos de dor de garganta associada a infecções leves, dores de cabeça, enxaquecas e cólicas menstruais. Seu uso para febre é menos frequente. Especialistas recomendam cautela na administração do medicamento e acompanhamento médico para evitar complicações.

Fonte: O Dia

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais