Na próxima segunda-feira (12), às 8h30, na praça da Liberdade (ao lado do Palácio de Karnak, no centro de Teresina), será realizado o ato de abertura da “Marcha Contra a Corrupção e Pelo Clima”. A iniciativa é promovida pela Força-Tarefa Popular do Piauí, em parceria com a Transparência Internacional – Brasil.
Entre os dias 12 e 27 de maio, ativistas vão percorrer, a pé, seis municípios piauienses — União, Miguel Alves, Porto, Campo Largo do Piauí, Matias Olímpio e São João do Arraial — para fiscalizar, in loco, investimentos e gastos públicos. Em especial, por ser um ano de COP no Brasil, o foco será a análise do uso de recursos destinados à adaptação às mudanças climáticas, com auditorias cívicas em projetos de saneamento (como abastecimento e tratamento de água) e investimentos em saúde.
A marcha tem como objetivo mobilizar a sociedade civil, fomentar o controle social e engajar a população na luta contra a corrupção e pela justiça climática. Já foram realizadas 18 edições anteriores da marcha, que percorreu mais de 3.600 km e envolveu cidadãos, estudantes, lideranças comunitárias e ativistas.
Para a Transparência Internacional – Brasil, o enfrentamento das mudanças climáticas precisa caminhar lado a lado com o combate à corrupção. A entidade destaca que eventos extremos, como secas, enchentes e incêndios, muitas vezes são agravados por falhas de governança, fraudes em registros fundiários, liberação irregular de licenças e enfraquecimento de órgãos ambientais.
No plano local, é fundamental garantir que ações de adaptação — como obras de drenagem, acesso ao saneamento básico, habitação segura, fortalecimento da defesa civil e preparo do sistema de saúde — sejam conduzidas com transparência, participação popular e controle social.
Durante a marcha, os participantes vão fiscalizar obras públicas, promover palestras sobre democracia, clima e controle social, e dialogar com autoridades e comunidades locais. A jornada será encerrada com uma audiência pública, na qual será apresentado um relatório com os resultados das auditorias cívicas realizadas.
Fonte: CidadeVerde
