Jorge Luiz Santos, de 28 anos, preso em flagrante pela Polícia Federal após tentar se registrar como médico no Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) utilizando um diploma falso de graduação em Medicina, foi solto após audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (26). A Justiça Federal concedeu liberdade provisória mediante o cumprimento de medidas cautelares.
Na decisão do juiz da 3ª Vara Federal, Agliberto Gomes Machado, foram determinadas algumas obrigações para Jorge Luiz Santos, incluindo:
- Comparecimento à delegacia da Polícia Federal sempre que solicitado;
- Comunicação imediata de qualquer mudança de endereço à Polícia Federal ou à comarca, caso a ação penal seja formalmente instaurada.
O magistrado ressaltou que, em caso de descumprimento das medidas, a liberdade provisória poderá ser revogada, com a expedição de um novo mandado de prisão.
Entenda o caso
Jorge Luiz Santos foi preso em flagrante pela Polícia Federal na terça-feira (25) após apresentar um diploma falso de Medicina para tentar obter registro no CRM-PI. O registro no conselho é obrigatório para que médicos possam atuar no estado.
Investigações apontam que, em dezembro, o mesmo homem já havia tentado aplicar o golpe no CRM do Maranhão. Na ocasião, as funcionárias da instituição perceberam inconsistências nos documentos apresentados e desconfiaram da autenticidade do diploma. Ao notar a reação das atendentes, Jorge fugiu do local antes que a fraude fosse confirmada.
Nesta terça-feira (25), ele tentou repetir o golpe no Piauí, mas novamente gerou suspeitas. As funcionárias do CRM-PI identificaram que o nome dele coincidia com o de um caso semelhante ocorrido no Maranhão. O departamento jurídico da entidade foi acionado e, em seguida, a Polícia Federal foi chamada. O suspeito foi preso ainda dentro da sede do CRM-PI.
O Cidadeverde.com apurou que, para obter o registro médico, é necessário apresentar uma série de documentos, incluindo diploma e ata de conclusão de curso, ambos fornecidos pela instituição de ensino superior onde o profissional se formou. Segundo a assessoria de comunicação do CRM-PI, os documentos apresentados por Jorge Luiz Santos não atendiam aos padrões exigidos pelo conselho.
A Polícia Federal segue investigando o caso para identificar se há outros envolvidos na falsificação dos documentos.
Fonte: CdiadeVerde