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3 de julho de 2025
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Governador Rafael Fonteles garante investir na industrialização de fertilizante verde no Piauí

Durante a abertura da Conferência Internacional de Tecnologias das Energias Renováveis (Citer), que acontece no Centro de Convenções de Teresina a partir desta segunda-feira (3), o governador do Piauí, Rafael Fonteles, adiantou que o trabalho com o Hidrogênio Verde (H2V) vai possibilitar o investimento na industrialização de fertilizantes verdes. Segundo o governador, o Brasil importa mais de 90% dos fertilizantes que consome e é o maior consumidor global, o que representa uma enorme oportunidade.

“Acredito que a indústria de fertilizantes verdes seja a mais provável de ser atraída para o Piauí. Podemos atrair a indústria de siderurgia para produzir aço verde e o setor de transporte, tanto ferroviário quanto marítimo, para usar derivados do hidrogênio. O próximo passo, após a consolidação do hub de hidrogênio verde no Piauí, é desenvolver essa indústria de produtos verdes”, afirmou.

O governador destacou os acordos já firmados para a projetos de hidrogênio verde no estado, como os da Green Energy Park e da Solatio, que investirão mais de R$ 200 bilhões na construção de células de H2V.

“O Piauí já se posiciona como protagonista com esses projetos que começarão a ser construídos no próximo ano. Empresas europeias estão investindo, o que será um divisor de águas para o Piauí e o Brasil. A produção de hidrogênio permitirá a neoindustrialização do Brasil, especialmente no Piauí, porque com a energia verde e barata você atrai outras cadeias industriais”, disse Fonteles.

O governador falou ainda sobre políticas estaduais e federais para incentivar investimentos em energias renováveis, mencionando a importância do marco legal do hidrogênio, em discussão no Senado. Ele destacou as Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) do Piauí, que facilitam a instalação industrial.

“No Piauí, contamos com uma legislação federal que trata dos incentivos, especialmente os fiscais, para energia eólica e solar, e que não depende diretamente do estado. Nós possuímos uma ZPE, sendo que só existem duas em operação no Brasil: a ZPE do PESEN e a ZPE de Parnaíba. Isso reduz os custos de instalação industrial nessa área voltada para exportação. Esse modelo é semelhante às Zonas Econômicas Especiais da China, que existem há décadas”, enfatizou.

Além disso, Fonteles reforçou que o governo está focado em facilitar o licenciamento desses projetos, respeitando as leis pertinentes e garantindo disponibilidade de terras. “Nossos recursos naturais, como sol, vento e água, também são vantagens competitivas”, acrescentou.

O governador finalizou informando que, inicialmente, o hidrogênio produzido será exportado como amônia e metanol, mas o objetivo é criar um cluster industrial de produtos verdes no Piauí. A qualificação profissional e investimentos em educação e inovação são essenciais para o desenvolvimento dessa indústria.

“Sabemos das dificuldades, especialmente na produção de equipamentos como , eletrolisadores, placas fotovoltaicas, aerogeradores e motores para essa indústria. Mas o Brasil tem que dar esse passo e por isso a nova indústria foi lançada. A gente espera que os incentivos sejam cada vez maiores”.

Rafael FontelesGovernador do Piauí

Pesquisa e qualificação para o mercado

A proposta é unir forças para tornar a indústria de energias renováveis possíveis no Piauí, inclusive, a pesquisa nas universidades e qualificação de mão de obra. Para José Bringel, professor do curso de Ciências da Computação da UESPI, a temática do evento chama atenção para o potencial que o Piauí e também para a necessidade de pesquisas e capacitação para esse mercado.

“O resultado deste debate vai precisar de mão de obra qualificada, então, quanto antes os jovens entenderem sobre o tema e se posicionarem profissionalmente, mais fácil será a sua inserção dessa cadeia produtiva que está se formando no nosso estado”, destacou.

José Francisco, 17 anos de idade, estudante do ensino médio, conta que tem achado o debate interessante, principalmente, para a área que pretende ingressar, o curso de Engenharia.

“É, um debate, entre aspas, novo, porque eu já conheço um pouco. Já tive diversos trabalhos, meu professor de física passou. Eu sei o básico sobre energia eólica, hidrelétrica, dentre as outras. Eu estou querendo aprender muito sobre essas novas energias. Até porque é um ramo que é muito novo e precisa crescer muito no Brasil”, destacou.

Fonte: Com informações de Márcia Gabriele / O Dia

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