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6 de maio de 2024
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Fiscais da Agespisa são ameaçados durante trabalho de combate a furto de água da barragem de Patos

Fiscais da Agespisa foram ameaçados de morte e tiveram que ser escoltados por policiais militares durante trabalho de combate ao furto de água na região de Picos. Ligações clandestinas são comuns no semiárido piauiense e prejudicam o abastecimento regular, deixando muitos moradores sem água. Somente no ano passado, foram descobertos mais de 60 desvios na tubulação geral da adutora de Poço de Marruá.

“Eles chegaram e perguntaram o que a gente estava fazendo. Então, contamos que estávamos fiscalizando  a adutora, retirando desvios e nos disseram que a gente não tinha nada a ver com aquilo ali e fizesse o favor de sair, se a gente não quisesse levar tiro de calibre 12”, disse José Vicente da Silva, auxiliar operacional da Agespisa.

A adutora de Poço de Marruá tem capacidade de 300 milhões de metros cúbicos de água e seria suficiente para abastecer as cidades de Simões, Curral Novo, Patos, Jacobina e o povoado Ingazeira, Zona Rural de Caridade do Piauí. Porém, muitas comunidades ainda sofrem com o desbastecimento d’água, provocado pela seca e também pelas ligações clandestinas. No trecho de 25 quilômetros entre as cidades de Caridade do Piauí e Simões, por exemplo, 12 desvios foram desativados pela Agespisa.

“Foi uma injustiça e um sofrimento. Amanhecia o dia e a gente não tinha água nem para fazer um café”, disse a agricultora, Maria de Lurdes Coêlho.”Muita gente teve que comprar água”, acrescenta a agricultora Janalbete Elizabete Rodrigues.

Durante a fiscalização, funcionários da Agespisa descobriram que parte da água desviada é usada em criatórios de peixes e na irrigação de fazendas. Além disso, existe a denúncia de envolvimento de motoristas cadastrados na operação Pipa. Alguns deles são acusados de abastecer veículos com água furtada.

Cidade Verde

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