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28 de abril de 2024
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CRF e CFM dizem que faltam baterias para equipamentos básicos em hospitais do Piauí

O Conselho Regional de Medicina do Piauí e o Conselho Federal de Medicina apresentaram, nesta quinta-feira (9), dados sobre fiscalizações em hospitais de todo o país. No Piauí, segundo os órgãos, faltam locais para higienizar as mãos nos centros cirúrgicos, não há lençóis para os pacientes e faltam baterias pare equipamentos básicos. A Secretaria de Estado da Saúde foi procurada e ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Segundo a presidente do CRM, Miryan Parente, a situação nos hospitais estaduais no interior é a mais crítica. Segundo ela, isso se deve em parte ao baixo investimento pelo governo estadual na saúde. De acordo com os órgãos, enquanto a prefeitura de Teresina investe cerca de R$ 590 por habitante anualmente, o estado investe R$ 278.

“No Piauí há falta de lençóis, que é uma coisa básica, qualquer pessoa que visita um hospital no Piauí sabe das dificuldades. Outro ponto abordado são as salas de recuperação pós-anestésica, que no hospital de Parnaíba, há pouco tempo fizemos interdição para que fizessem a sala”, disse a presidente do CRM.

 Diretor Tesoureiro do CRM, Iran Gallo, comentou a situação dos hospitais no Brasil — Foto: Gilcilene Araújo/G1

Diretor Tesoureiro do CRM, Iran Gallo, comentou a situação dos hospitais no Brasil — Foto: Gilcilene Araújo/G1

O diretor Tesoureiro do CFM, Iran Gallo, destacou a falta de baterias no foco cirúrgico, equipamento usado para iluminar as cavidades dos pacientes que estão sob procedimento. A situação foi encontrada em vários hospitais do Brasil, segundo ele.

“É inadmissível não ter carro de anestesia, que é o que faz com que o paciente não sinta dor, para que o anestesista pratique ações dentro dos conformes preconizados pelo CRM. O foco cirúrgico sem bateria, se a energia for embora, não tem uma luz de emergência, a cirurgia para, porque o cirurgião não tem como ver a cavidade abdominal e a bateria é uma coisa simples e barata. O paciente ica lá anestesiado e sem ser operado. Esta é a realidade da maioria dos hospitais do país”, disse ele.

Ao todo, no país, foram fiscalizadas cerca de 500 hospitais entre 2017 e 2018, incluindo unidades piauienses. No levantamento sobre leitos, segundo o CFM, o Brasil fechou 233 mil leitos hospitalares e Piauí fechou cerca de 500 leitos entre 1999 e 2018.

Precariedade dos hospitais no Piauí

Representante do Piauí no CRF apresenta dados da saúde no estado — Foto: Gilcilene Araújo/G1

Representante do Piauí no CRF apresenta dados da saúde no estado — Foto: Gilcilene Araújo/G1

Leonardo Cruz, representante do Piauí no Conselho Federal de Medicina, afirmou que no Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, faltava comida para os pacientes.

Em Campo Maior, o hospital foi interditado pelo conselho regional de Medicina. E na capital, o CRM fez a interdição parcial da Maternidade Dona Evangelina Rosa em novembro de 2018. Segundo a presidente, a unidade de saúde permaneceram interditada a pedido do secretário estadual de saúde.

“O gestor nos pediu para continuar com a interdição porque sem o procedimento não consegue fazer as reformas necessárias. Diante disso, a maternidade vai continuar parcialmente interditada por mais 60 dias”, declarou.

Fonte: G1 Piauí

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