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27 de junho de 2025
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Comparações de DNA revelam autoria de latrocínio em Vera Mendes; polícia pede prisão de mandante, mas justiça nega

O suspeito de ser o mandante do latrocínio em Vera Mendes, que tirou a vida do agricultor Miguel José da Silva, durante uma feira agrícola, foi identificado pela Polícia Civil após minuciosa investigação, mas teve seu pedido de prisão negado pela Comarca de Picos.

Segundo apuração, o homem era o fornecedor de bebidas, há vários anos, da Feira da Agricultora Familiar de Vera Mendes, mas, desde o ano passado, que ele perdeu o posto para um concorrente, devido à tabela de preços.

A investigação apontou que ele já havia mostrado seu descontentamento pela perda do posto. A intenção era tirar a vida do concorrente comercial. Contudo, o mandante nega conhecer os dois executores, informação rebatida após o cruzamento de ligações telefônicas. Ele é, ainda, parente da vítima.

No dia 26 de maio, R. de S.V. falou ao telefone com um dos suspeitos de execução, identificado como Fábio. Depois eles foram vistos conversando, no mesmo dia, atrás do depósito de bebidas de R. de S. V.

Já no dia 29, data em que aconteceu o crime, uma chamada telefônica entre R. e o outro suspeito, o Jackson, foi registrada 15 minutos antes do crime.

A Operação Corpo Fechado resultou na prisão dos dois executores, que tiveram peças de roupas apreendidas e, a partir delas, foi possível confirmar a autoria dos mesmos. Como na tão famosa série de investigação criminal – CSI –, o DNA encontrado nas roupas foi cruzado com o material genético das roupas utilizadas no dia do crime, as quais haviam sido descartadas próximas ao local, mas foram encontradas pela polícia.

“No cenário da investigação criminal, o DNA se tornou uma ferramenta fundamental para a perícia. Junto com outras técnicas empregadas, o exame de DNA desempenha um papel essencial na determinação da autoria em casos criminais. E, no presente caso, a partir das jaquetas abandonadas pelos executores nas proximidades do local do crime foram de fundamental importância para determinar os executores do latrocínio ocorrido na localidade Gameleira, zona rural do município de Vera Mendes, vez que devidamente apreendidas e encaminhadas para o instituto de DNA da Polícia Civil do Piauí. Por ocasião do cumprimento das buscas domiciliares foram apreendidos materiais para comparação de perfil genético. Assim, realizou-se a comparação entre o perfil genético extraído das jaquetas apreendidas no local do crime com o perfil genético extraído nos materiais pertencentes aos executores que foram apreendidos, tendo o resultado sido positivo para ambos os executores do crime”, relatou a delegada Robiane Nunes.

Mesmo negando terem realizado o latrocínio, que resultou ainda com uma pessoa ferida e o desfalque de R$ 30.000,00, a polícia corroborou a linha de investigação que pôs os dois suspeitos na cena do crime. Eles seguem presos.

Uma quarta pessoa também está sendo investigada por ter cedido a motocicleta que ajudou os criminosos na ação. Ele ainda tentou se desfazer do veículo após o crime, sem sucesso.

Miguel José da Silva foi alvejado por três disparos após reagir ao assalto. Foi socorrido, mas faleceu a caminho do hospital. A outra vítima foi atingida no pé.

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