A primeira vaga na decisão do Campeonato Carioca foi decidida nos pênaltis. E com enorme igualdade, com 22 cobranças. Após vencer por 2 a 1 no tempo regulamentar, com gols de Bill e Pimpão (Jean descontou), mesmo resultado do primeiro jogo, o Glorioso venceu também nos pênaltis, por 9 a 8. Agora, a equipe aguarda o vencedor do confronto entre Flamengo e Vasco para conhecer o seu adversário na grande final.
A partida foi bastante dividida, com um time melhor em cada tempo. Se no primeiro o Glorioso conseguiu traduzir sua vantagem técnica em gols, no segundo, o Tricolor sentiu a falta de seu artilheiro e referência na grande área, Fred, suspenso. Sem ele, não havia ninguém para anotar mais um e empatar a partida.
Nos pênaltis, Kenedy iniciou perdendo a primeira cobrança para o Flu, mas Marcelo Mattos também perdeu para o Bota. Depois, Gerson parou em Renan. Mas Cavalieri pegou o último da série, de Diego Giaretta, e levou a decisão para as cobranças alternadas.
A partida começou e no primeiro lance, Elvis bateu forte em dividida, sentiu a coxa e saiu. Em seu lugar entrou Gegê. Em belo lançamento, aos 5, Marcelo Mattos, Bill ganhou da zaga e Pimpão, impedido, encobriu Cavalieri. Na boca do gol, Fernandes só teve o trabalho de tocar, sozinho, para abrir o placar.
Apático, o Fluminense se mostrava confuso meio pra frente. A ausência de Fred fazia com que Kenedy e Vinicius se alternassem como centroavante, sem muita eficiência. Wagner e Gerson, perdidos mudavam de posição a esmo e o Tricolor nada produziu no começo de jogo.
O Botafogo, em contraste, era muito vibrante. Após o primeiro gol, a equipe ganhou confiança e se aproveitou das falhas da defesa tricolor. Aos 15, Bill quase marcou, mas furou toque de letra em cruzamento de Pimpão. O atacante alvinegro, que ganhou a vaga de Jobson para o clássico, inclusive, levava a defesa tricolor à loucura. Aos 20, ele quase marcou gol de placa ao emendar cruzamento com um lindo voleio, que passou sob o gol de Cavalieri.
Muito mal, a defesa tricolor vacilou mais uma vez aos 22. Gilberto enfiou a bola como quis no meio da zaga, Bill ganhou na velocidade e no rebote do próprio chute, ampliou para levar o Engenhão ao êxtase. Aos 25, Pimpão deu drible de pelada em Wellington Silva e quase marcou mais um. O Tricolor só acordou aos 27, quando Gum acertou o travessão em cabeçada após cobrança de falta de Vinícius. O lance esfriou o ímpeto alvinegro e o Fluminense manteve maior posse da bola nos dez minutos finais.
Até que aos 44, Willian Arão entregou a bola de bandeja para Wagner, que achou Kenedy, em arrancada impressionante em diagonal. O garoto tricolor chegou antes de Renan, que saiu atabalhoado, adiantou a bola e sofreu pênalti. Na cobrança, Jean deslocou Renan para diminuir.
Na volta do intervalo, Drubscky colocou o garoto Robert na vaga de Wagner, perdido em campo. No começo, o Flu foi melhor e aos 3, Kenedy perdeu chance incrível batendo de perna direita. Depois, aos 7, Giovanni tabelou com Gerson e bateu cruzado com perigo. As subidas pela esquerda eram o forte do Tricolor e René Simões logo tratou de consertar. Após Fernandes levar a pior em dividida no alto e abrir o superícilo, o treinador colocou o lateral Luís Ricardo aberto pela direita.
As duas equipes passaram a se respeitar mais. Do lado do Botafogo, Willian Arão experimentou de fora e levou perigo a Diego Cavalieri, aos 13. Aos 17, Edson respondeu para o Fluminense, tirando tinta da trave de Renan, que fez golpe de vista. Aos 20, Jean roubou a bola e Kenedy, precipitado, bateu de fora da área por cima do gol.
Na parada técnica, Pimpão, cansado, deu lugar a Jobson no Botafogo e Renato entrou no lugar de Giovani, deslocando Wellington Silva para a lateral esquerda. Logo no primeiro lance, o atacante invadiu a área pela direita e obrigou Cavalieri a fazer defesa espetacular. O Fluminense respondeu aos 32, quando Gum, de novo, apareceu no meio da zaga para desviar cruzamento de Kenedy e acertar o travessão, com Renan completamente vendido.
Os minutos finais, com as duas equipes muito cansadas, foi um verdadeiro festival de erros de passe e jogadas erradas. Os alvinegros, que queimaram mais cedo as três substituições, sofreram com cãimbras. Bill, Carleto e Marcelo Mattos eram os mais cansados. No Flu, Gerson mancava muito. Aos 46, Wellington Silva, de peixinho, parou em Renan.
Fonte: ESPN