O juiz auxiliar da corregedoria do Tribunal de Justiça do Piauí, Luiz Airton Medeiros, informou que o problema da grilagem de terras no Piauí é secular e destacou que até mesmo o estado do Piauí chegou a estar envolvido em um desses casos, no município de Ribeiro Gonçalves.
“Na década de 70, o estado possuía um total de 756 mil hectares de terras, mas havia vendido, cedido ou doado cerca de 2 milhões de hectares. Ou seja, qualquer leigo percebe que há irregularidades. E tudo isso com o auxílio de documentação. Certamente com o apoio do judiciário e de cartórios”, declarou.
Ele disse ainda que no último ano, dois chefes de cartório foram afastados por envolvimento com a grilagem de terras no estado. Isso porque as áreas eram negociadas e registradas com o auxílio destes cartórios. Esses casos são apurados pela Corregedoria do TJ.
As Varas Criminais comuns são responsáveis pela participação direta dos grileiros e negociantes de terras.
Quanto às denúncias do periódico norteamericano, o juiz destacou que os nomes citados já são conhecidos pelo judiciário piauiense, mas que os casos que foram denunciados estão a cargo das comarcas do sul do Estado.
Maria Romero / Cidade Verde