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27 de junho de 2025
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Crise: pequenos negócios recorrem a financiamentos para sobreviver

Foto: Reprodução/TV Cidade Verde

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o Sebrae, mostra que, em todo o país, 30% dos pequenos negócios buscaram crédito nas instituições financeiras para enfrentaram a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus, destes apenas 11,3% conseguiram ter acesso ao capital, contra 29,5% que estão aguardando resposta e outros 59,2% que tiveram o pedido negado. No Piauí, 34% dos entrevistados já buscaram algum tipo de financiamento. Destes 55% tiveram seus pedidos negados. O percentual de empresas do Estado que obtiveram crédito e as que ainda estão aguardando resposta são iguais, ficando em torno 22,5%.

Para o superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda, as empresas estão tentando financiamento para sobreviver e não investir. “O empresário está buscando crédito para sobreviver no momento que ele não tem faturamento. Não é recurso para ampliar investimentos é para sobreviver e sobreviver é importante para o país. O apoio a toda classe empresarial é essencial para que a gente saia logo dessa crise”, disse em entrevista à TV Cidade Verde.

Entre as medidas para ajudar essas empresas que estão recorrendo aos bancos, Lacerda defende a flexibilização de juros e a não garantia. “Eu entendo que deve ter juros zero, negativo. A outra a possibilidade é da inexistência de garantia. A garantia é o nome do empreendedor. Isso deve ser suficiente”, declarou.

O estudo do Sebrae foi realizado entre os dias 03 e 07 de abril com 6080 donos de pequenos negócios e considerou informações desde quando iniciou a crise do coronavírus. No Piauí, foram 44 respondentes, sendo 48,9% MEI, 27,8% microempresa e 23,4% empresas de pequeno porte.

No Piauí, o percentual de empresas que tiveram queda no faturamento segue a tendência nacional, de 75%, sendo que a média de redução foi um pouco maior, chegando a quase 82%. Segundo os empresários piauienses, os negócios conseguirão permanecer fechados e ainda assim ter dinheiro para pagar as contas por pouco mais de 27 dias. No Brasil a média é de 23 dias.

Ainda de acordo com a pesquisa do Sebrae, a situação financeira das empresas já não era considerada boa pela maioria dos donos de pequenos negócios. Em todo o Brasil, 73% disseram que era razoável ou ruim, mesmo antes da chegada da pandemia. Já no Piauí, esse percentual é de 79%.

O estudo mostrou também que mais de 62% dos negócios interromperam temporariamente as atividades ou fecharam as portas definitivamente no país, e no Piauí chega a quase 80%. Entre os 38% no Brasil e 20% no Piauí, que continuam abertos, a maioria mudou o seu funcionamento, passando a fazer entregas, atuar no ambiente virtual ou com horário reduzido. A pesquisa indica ainda que, nos últimos 15 dias, cerca de 18% dos entrevistados no Brasil demitiram funcionários, contra 16% no Piauí.

“Essa pesquisa mostra um panorama muito significativo do que a gente tem vivido. Aqui, 74% interromperam suas atividades. Teve uma adesão muito forte do empreendedor do estado do Piaui. Quando a gente olha as empresas que estão funcionando e como estão funcionando, a atividade de home office praticamente inexiste. O foco está na entrega online e no horário reduzido”, finalizou.

Fonte: Hérlon Moraes / CidadeVerde

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