A Polícia Civil decidiu não indiciar o cantor piauiense Léo Cachorrão. Ele teve o veículo Mercedes, comprado por R$ 40 mil, apreendido em operação da Polícia em setembro. O carro está avaliado em cerca de R$ 200 mil e faz parte de um esquema fraudulento que está sendo investigado pela polícia do Piauí.
Em entrevista concedida nesta sexta-feira, 16, ao jornalista Joelson Giordani, no programa Jornal do Piauí, da TV Cidade Verde, o cantor disse que sofreu com a repercussão do caso.
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“Quando o pessoal da equipe, da banda, chegava em algum local perguntavam: ‘E teu chefe, já foi solto pela polícia? Estava preso?”, relatou Leo Cachorrão, acrescentando que sua família, que é do Rio Grande do Norte, veio à Teresina para lhe prestar apoio. “Deixei até de ver televisão, foi muito difícil porque fui exposto, tive meu nome exposto da forma que foi”.
Segundo o músico, ficou comprovado que ele comprou o veículo de boa fé, pagando R$ 40 mil como valor do ágio, ou seja, uma espécie de entrada.
“Eu vendi meu carro para adquirir esse veículo e fiquei de assumir as prestações. Ligava, mandava mensagem, cobrava o vendedor para que ele me desse os boletos para que eu pudesse pagar as prestações, mas ele sumiu e parou de entregar os boletos”, completou. Segundo Leo, a compra foi efetuada após a insistência do líder do esquema. “Ele dizia que era corretor de veículos e eu sempre dizia que não tinha condições de comprar aquele tipo de carro”, relembra.

O carro que Leo Cachorrão comprou segue apreendido e não haverá devolução do valor pago.
ESQUEMA
O esquema investigado pela polícia do Piauí consistia em financiar veículos de luxo utilizando documentos de “laranjas”. De acordo com o delegado Matheus Zanatta, o prejuízo está avaliado em cerca de R$ 2 milhões.
Os veículos de luxo variam de R$ 150 mil a R$ 200 mil, um deles com edição limitada, único modelo no Piauí, eram revendidos bem abaixo do valor de mercado. Até agora, 17 carros foram apreendidos. O líder do esquema foi preso em uma casa de luxo na praia, em uma cidade do interior do Ceará.
Fonte: O Olho