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30 de abril de 2024
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Nostalgia no sertão

Zambubeiro e o sanfoneiro Noraci na Praça Félix Pacheco. foto: M. Nilza
Zambubeiro e o sanfoneiro Noraci na Praça Félix Pacheco. foto: M. Nilza

Um dia diferente na cidade. Quinze de outubro. Tem barulho, mas o barulho de hoje faz bem aos ouvidos e coração. Traz recordações da infância, nostalgia do passado. E lembra, sobretudo, as angústias do nordeste, mas com poesia.

O sol das nove meia da amanhã, concorrente forte do clima do Saara, na praça Félix Pacheco, onde acontece de tudo, não desaminava o sanfoneiro. Seu Noraci, pernambucano de nascimento, mais picoense desde os cinco anos de idade, rasga sua sanfona no meio da praça atraindo os passantes. Desde longe já se ouve as melodias nordestinas das canções do rei Luiz, não o francês, o do baião.

Parece que da terra do Exu brota muitos sanfoneiros.  O Noraci, com sua velha sanfona e o parceiro na zabumba decidiu alegrar o picoense nesta manhã. No coração da cidade onde passa a multidão apressada. Hoje a rotina dos passos apressados foi modificada, já não tinha só pressa, havia ritmo. Asa branca, o pobre pássaro evocado pelo sertanejo, inspiração de Luiz Gonzaga, ainda sofre as agruras da seca.

Noraci canta Luiz Gonzaga
Noraci canta Luiz Gonzaga

Setenta e um anos de baião, os anos e a seca já levaram parte de seu vigor, não a alegria. Mesmo cansado, sob o forte calor, o sanfoneiro anima a plateia, canta e toca seu instrumento. E por alguns instantes nos esquecemos do sol e fruímos da boa música e estilo que marcou o a região.

 

 

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