Por Iaquelly Sousa / Cidades em Foco
Os professores da rede municipal de ensino de Campo Alegre do Fidalgo paralisaram suas atividades na última quinta-feira (10), após sucessivas tentativas de conciliação com o prefeito da cidade, Israel Odílio da Mata, para que este conceda o reajuste no piso salarial do magistério, garantido em lei e concedido pelo presidente Jair Bolsonaro no mês de janeiro.
O Sindicato dos Trabalhadores afirma em nota que os profissionais não recebem seus salários reajustados há quatro anos e que a Lei do Piso não tem sido cumprida, os deixando em uma situação crítica.
“Há quatro anos, vivemos situações dramáticas, sendo sacrificados com este impiedoso arrocho salarial. Estamos na resistência, dando uma aula de dignidade e cidadania para os nossos alunos e para a sociedade em geral. Ao mesmo tempo damos exemplo para os que se posicionam contra a classe trabalhadora e contra a valorização da educação pública”, pontuou em nota.
A deflagração da greve foi decidida em assembleia geral extraordinária realizada no último sábado (19), na Unidade Escolar Vereador Gonçalo Dias (U.E.V.G.D).
Na ocasião, a categoria deliberou pela deflagração da greve dos docentes por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira dia (24), tendo como principal pauta de reivindicação a concessão do piso salarial do magistério.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Campo Alegre do Fidalgo – SINTECAF, Aldemar Ferreira de Oliveira, em contato com a equipe de reportagem do Cidades em Foco, informou que a última vez em que a classe teve reajuste salarial foi no ano de 2017.
De acordo com Aldemar Ferreira de Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Campo Alegre do Fidalgo, o SINTECAF já havia tentado acordo em reunião na Câmara de Vereadores com a presença do SINDSERM, do poder legislativo, representantes do poder executivo e do Ministério Público, através do promotor de justiça da comarca de São João do Piauí, Dr. Sebastião – este de forma remota –, para tratarem do reajuste, mas não houve nenhum acordo. Como última alternativa o sindicato decidiu pela greve.