Durante a sessão solene da Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI), realizada nesta sexta-feira (04) em comemoração aos 190 anos da instituição, o prefeito de Picos, Pablo Santos, comentou publicamente sobre a atual crise no transporte coletivo urbano da cidade. A fala aconteceu após a repercussão da apreensão de dois ônibus da empresa KB Transportes, realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na noite da última quinta-feira (03).
Segundo o prefeito, a situação é crítica e a população não pode continuar sendo prejudicada por um serviço que não vem sendo prestado com a devida qualidade.
“Nós estamos acionando o nosso jurídico para ver a possibilidade de uma ruptura contratual, porque o povo de Picos não pode pagar por um serviço que não está sendo prestado”, afirmou Pablo Santos.

A empresa KB Transportes, responsável por parte do transporte coletivo de Picos — incluindo linhas utilizadas por estudantes da UESPI e da Faculdade R. Sá — alega dificuldades financeiras e aponta que a prefeitura não tem cumprido a contrapartida municipal prevista em contrato. O prefeito, no entanto, nega que haja qualquer compromisso direto com a empresa:
“Não participei de nenhuma acordo com o dono da empresa. A partir do momento que não presta o serviço, não pode cobrar contrapartida”.
Ainda de acordo com Pablo Santos, o município já analisa a viabilidade de romper o contrato atual e realizar uma nova licitação. Entre as possibilidades estudadas, o prefeito revelou que pretende transformar o sistema de transporte em um serviço público municipal.
“A prefeitura não quer saber de lucro. Se tivermos uma frota de seis ou sete ônibus, já conseguiremos atender aos anseios da população”, declarou.
A paralisação dos serviços impactou diretamente estudantes universitários, levando instituições como a UESPI e a Faculdade R. Sá a cancelarem atividades nesta sexta-feira. Segundo Pablo, a prefeitura estuda medidas emergenciais para garantir o deslocamento da população enquanto busca uma solução definitiva.