O policial militar, investigado por aplicar golpes em colegas de trabalho e seus familiares, foi preso na semana passada após não comparecer para prestar esclarecimentos dentro do procedimento administrativo disciplinar da corporação sobre o caso. O prejuízo estimado das vítimas seria de mais de R$ 2 milhões. O PM agora está em prisão preventiva no presídio militar.
O caso veio à tona após relatos das vítimas, e a Corregedoria da Polícia Militar informou que há dois procedimentos administrativos em andamento para apurar as acusações. (Veja nota da Polícia Militar no final da matéria)
Segundo as vítimas, o policial atuava como um suposto trader, enviando extratos com lucros fictícios e realizando transferências iniciais para conquistar a confiança dos investidores. No entanto, após as primeiras operações, os pagamentos foram interrompidos, e as promessas de rendimentos elevados não se concretizaram.
Fotos enviadas à TV Cidade Verde
Prints da conversa entre uma vítima e a empresa de investimentos citada pelo suspeito
Ao Cidadeverde.com, o policial afirmou que manteve contato com as vítimas, atribuiu os atrasos a problemas com o banco responsável pelos investimentos e alegou ter feito transferências para garantir o serviço oferecido.
“Estou em contato constante com as supostas vítimas mencionadas na matéria e tenho o comprovante de pagamento dos rendimentos e dos acordos firmados. A situação do atraso ocorreu em virtude de um compliance do banco ao qual o investimento está vinculado. Durante esse período de inatividade do serviço prestado, foram enviados valores com o intuito de garantir a responsabilidade pelo serviço. Estou à disposição para dar continuidade ao cumprimento dos acordos firmados entre as partes e o valor não é de 2 milhões de reais, como foi informado na matéria,” disse.
Para entender o contexto, um “trader” é um profissional que compra e vende ativos financeiros, como ações e moedas, visando lucro com as variações de preço no mercado.
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA PM:
A Polícia Militar do Piauí informa que está tomando todas as providências necessárias no caso de um policial militar acusado de aplicar golpes financeiros contra colegas de farda e outros membros da sociedade civil.
A PMPI já instaurou inquérito para apurar os fatos, bem como já afastou o policial até o término das investigações.
Reiteramos o nosso compromisso com a transparência e a integridade. Asseguramos que todas as medidas legais estão sendo adotadas para garantir a justiça.
Teresina, 29 de outubro de 2024.
Fonte: CidadeVerde