A Polícia Civil do Piauí concluiu o inquérito sobre a morte do mecânico de motos Thiago Henrique do Nascimento, de 28 anos, ocorrida durante o tumulto que se seguiu ao acidente envolvendo o influencer digital Pedro Lopes Lima Neto, conhecido como Lokinho. O caso, registrado na BR-316, próximo ao bairro Promorar, zona Sul de Teresina, no dia 7 de outubro, resultou também na morte de duas mulheres e deixou duas crianças feridas.
O subtenente da Polícia Militar Gildásio Lopes de Sousa, que atua na Diretoria de Inteligência da PM-PI, foi indiciado por homicídio doloso, caracterizado pela intenção de matar ou pela assunção do risco de causar morte.
De acordo com o delegado Jorge Terceiro, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelo caso, os laudos periciais confirmaram que o disparo que matou Thiago Henrique partiu da arma do militar. O inquérito também concluiu que não houve agressão física por parte do mecânico contra o policial, eliminando a alegação de legítima defesa.
O PM, por sua vez, estava acompanhado de familiares e apenas passava pelo local onde ocorreu o acidente. Não havia qualquer relação entre ele e o influencer Lokinho.
O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público do Piauí (MPPI). Apesar de o delegado não ter solicitado, inicialmente, a prisão do subtenente, o MPPI poderá fazer esse pedido após a análise do relatório da investigação.
O crime
Thiago Henrique, que residia próximo ao local do acidente, foi ao ponto do ocorrido ao perceber a movimentação. Vídeos gravados por populares mostram o momento em que o mecânico e outras pessoas se aproximam de uma viatura do Corpo de Bombeiros onde estavam Lokinho e seu namorado. Durante o tumulto que se seguiu, o subtenente sacou uma arma e disparou contra Thiago Henrique, que tentou fugir para a parte superior da rodovia, mas caiu morto poucos metros depois.
Fonte:CidadeVerde