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7 de julho de 2024
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Piauí vai ser exemplo nacional no combate a violência as mulheres, garante ministra

Fotos: Renato Andrade/Cidadeverde.com

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, se reuniu nessa sexta-feira (17) com o secretário de Segurança Chico Lucas, a secretária das Mulheres, Zenaide Lustosa, para tratar sobre os protocolos que estão sendo desenvolvidos no estado para o combate a violência contra a mulher. Na ocasião, uma estudante da Universidade Federal do Piauí entregou um documento com pedidos para melhorar proteção das mulheres nas universidades.

A ministra considerou positiva a visita ao Piauí, ouviu as demandas e disse que vai aguardar a finalização do protocolo piauiense em março deste ano, mas que acredita que o estado será um exemplo nacional.

“A visita ao Piauí foi muito boa, os resultados são ótimos, acho que a gente vai ter grandes parcerias, acho que a gente tem um governo comprometido, diversas ações em andamento, assim como obras, e acho que vamos ter um estado que vai ser um exemplo nacional”, afirmou.

A ministra disse que a criação de um protocolo é importante para garantir mais agilidade no atendimento das mulheres. “O protocolo é importante, porque é ele que através de procedimentos simples que vão ajudar a mulher a sair dessa situação”, destacou.

O secretário de Segurança Pública, Chico Lucas, afirmou que o protocolo que está sendo elaborado deve ser finalizado ainda no mês de março e criticou o fato das pessoas focarem mais nas viaturas na cor lilás, e não nas ações.

“Todos nós temos como obrigação enfrentar a violência contra a mulher. Não podemos permitir que as mulheres continuem morrendo, e nem encarar como naturalidade. Ela veio falar das políticas públicas, não só falar de violência, infelizmente a pauta que monopoliza é a cor da viatura, sinal que a gente não evolui como sociedade. Aqui a instituição de uma patrulha na cor lilás vira debate, para mim isso mostra como estamos atrasados, e como a sociedade é patriarcal”, informou.

Com o protocolo o objetivo é não só aumento o atendimento de casos, assim como ações de prevenção e de educação da população sobre o assunto.

“Temos várias leis de proteção e elas precisam funcionar, o mais grave é o subregistro, então quase 60% das mulheres não registram violência, ou seja, as autoridades policiais não tomaram conhecimento, então todos nós como sociedade e gestores precisam denunciar quando a mulher é vítima e vamos colocar isso no protocolo. Também vamos colocar para que a mulher possa comunicar de várias formas, estamos inclusive querendo facilitar por meios digitais, para não ter dificuldade”, afirmou.

Estudante entrega documento

Durante o evento a estudante de economia da Universidade Federal no Piauí, Tatiane Seixas entregou um documento pedido ações para a defesa das mulheres. Ela, que é presidente do conselho estadual de defesa dos direitos da mulher, disse que o protocolo é uma boa iniciativa.

“Se você consegue ter todas as iniciativas funcionando de forma harmônica, a nossa perspectiva é que melhore. Só que isso é também um problema estrutural, então faço aqui um apelo aos homens, pois a violência contra as mulheres não é um problema das mulheres, nós sobrevivemos a violência. É um problema dos homens, são eles que precisam resolver fazendo terapia, resolvendo seus problemas familiares e de infância, mas principalmente apontando na cara do companheiro, do irmão, do pai, que ele é agressor, que proibir a mãe dos filhos falar com a família é violência. A sociedade precisa assumir que essa violência mata”, destacou.

Tatiane Seixas entregou um documento intitulado “Para salvar uma UFPI às escuras” para a ministra pedindo providências e um protocolo para as universidades atenderem casos de assédio e violência.

“Entre os vários pontos é que exista um protocolo, uma ação organizada para enfrentar os comportamentos que existem dentro das universidades. As mulheres estudantes elas encontram no ambiente universitário, um ambiente hostil, é professor assediador, de insinuar favores sexuais, então é preciso ter um protocolo uniforme nesse caso, para que as denúncias aconteçam e que nas vezes que acontecem, que aquele agressor seja punido e não volte para as salas de aula. E o nosso documento exige que no mínimo o núcleo de pesquisa e gênero esteja no grupo de trabalho”, disse.

Fonte: Bárbara Rodrigues / CidadeVerde

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