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26 de junho de 2025
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Piauí reduz 10% do desmatamento no Cerrado e amplia fiscalização em 237%

Piauí já emitiu 11 milhões de toneladas de CO2 com desmatamento no Cerrado - Foto: Thomas Bauer/Instituto Sociedade, População e Natureza

O Piauí tem se destacado na preservação ambiental, registrando uma queda de 10% no desmatamento do Cerrado em 2024, em comparação ao ano anterior. Esse resultado coloca o estado entre os líderes nacionais na redução de desmatamento, consolidando-o como o terceiro em diminuição, dentre os estados que possuem o bioma Cerrado, de acordo com dados do Prodes 2023/2024. A redução reflete um aumento expressivo nas operações de fiscalização, com 18 ações promovidas pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) entre 2023 e 2024.

Além da intensificação das operações, a Semarh obteve um crescimento significativo nos autos de infração ambiental: de 149 em 2022 para 502 em 2024 — um aumento de 42% em relação a 2023 e de 237% em comparação a 2022. A quantidade de áreas embargadas por desmatamento ilegal também cresceu consideravelmente, de 20.875 hectares em 2022 para 57.846 hectares em 2024, um salto de 177%.

Segundo Filipe Gomes, diretor de gestão florestal da Semarh, as operações Cerrado Vivo foram fundamentais para coibir práticas ilegais e incentivar a regularização. “A intensificação das fiscalizações resultou em mais de 1000% de aumento na aplicação de multas e embargos”, destacou.

O governo piauiense está ainda em busca de novos financiamentos, como o programa REDD+ (Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal), no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Segundo o secretário de Meio Ambiente, Daniel Oliveira, o REDD+ permitirá ampliar o monitoramento e melhorar a fiscalização no estado.

“Esse programa possibilitará o uso de recursos para ampliar o monitoramento e melhorar a fiscalização, com apoio de tecnologias como o monitoramento via satélite, para que o Piauí continue avançando no combate ao desmatamento ilegal e se torne referência na proteção ambiental”, afirmou o gestor.

Com essas iniciativas, o estado espera alcançar a meta de desmatamento zero até 2030, preservando a biodiversidade e contribuindo para as metas climáticas globais.

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