22.7 C
Jacobina do Piauí
28 de junho de 2025
Cidades em Foco
GeralInternacionalNordeste em FocoPolítica

PEC que proíbe o aborto no Brasil é aprovada na CCJ da Câmara

Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

Voltou à tona nesta quarta-feira (27) uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que, na prática, proibiria o aborto no Brasil. O projeto é de autoria de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, e prevê uma alteração no artigo 5º da Constituição.

O artigo diz respeito à inviolabilidade do direito à vida. Na proposta de Cunha, de 2012, esse direito estaria garantido “desde a concepção”.

A noção de que a vida humana começa na concepção não é um consenso científico e é um debate que transborda para a religião e a ética.

Na prática, embora não altere os trechos do Código Penal que dizem respeito ao aborto, como propunha o PL Antiaborto por Estupro que foi motivo de debate no começo desde ano, acaba proibindo o procedimento ao garantir direitos a fetos.

No Brasil, o aborto é permitido em três circunstâncias: estupro, risco à vida da gestante e anencefalia fetal.

No caso do PL Antiaborto por Estupro, a proposta era uma mudança no Código Penal para que mulheres vítimas de estupro que engravidassem pudessem abortar somente até a viabilidade fetal, que ocorre por volta de 22 semanas de gestação.

Com a mudança proposta por Cunha, a redação do artigo seria:

“Art.5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, desde a concepção, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”.

Nesta quarta-feira, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou a PEC, com 35 votos favoráveis e 15 contrários. Agora, deverá ser criada uma comissão especial para a discussão da proposta, onde deve ser aprovada, e então segue para plenário na Câmara.

Cabe ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) criar a comissão. Quando o PL Antiaborto por Estupro estava em debate na Câmara, o deputado disse que os direitos garantidos hoje não iriam retroceder.

Por Folhapress / Bárbara Blum

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais