Após quase 20 dias do afastamento da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa pela Polícia Federal no último dia 03 de abril, o presidente da Câmara Municipal de Teresina, Enzo Samuel (PDT), analisou a situação da parlamentar na manhã desta terça-feira (22). Segundo o parlamentar, a casa aguardará o fim do prazo de 60 dias para uma eventual convocação do primeiro suplente, Leondidas Jr. (PSB).
Integrantes da comissão de ética da casa solicitaram junto à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal o acesso ao inquérito que investiga os crimes de organização criminosa, compra de votos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e peculato-desvio (‘rachadinha’). Na última semana a Câmara anunciou a exoneração de todos os servidores comissionados ligados a Tatiana Medeiros (PSB)
Questionado sobre o futuro da parlamentar, Enzo Samuel ratificou que irá respeitar o que diz a legislação.
“Eu vou repetir, a vereadora foi afastada por uma ordem judicial, não foi afastada por esta Casa, e nós estamos cumprindo essa ordem judicial, assim como a extensão da ordem judicial, como ela não está exercendo o cargo, neste momento está no cargo, mas não exerce atividade, a questão também em relação aos gabinetes, todavia, ela ainda é a detentora do cargo de vereadora, e conforme decisões recentes do STF, onde foi feita uma consulta por nossa procuradoria, tanto de decisões de turma recursal, de turma do STF, do próprio Pleno, a decisão é no sentido de que seja respeitado o regimento interno, a lei orgânica do município, em relação ao prazo de convocação de suplentes, então o que a Casa está fazendo é cumprindo a legalidade, então vamos aguardar o prazo desta casa, que hoje o entendimento é de 60 dias”, afirmou.
Perguntado sobre quando a Comissão de Ética começará a analisar o caso, o presidente da Câmara revelou que irá aguardar a justiça.
“Veja só, nós não estamos tratando de um caso de apreciação nesta Casa, ela foi afastada pela justiça então nós vamos aguardar o desenrolar final desse processo, o trânsito em julgado ela tem um direito de contraditório e de ampla defesa que pode ser respeitado aonde ela vai poder comprovar ou não a sua inocência, então esta Casa vai se manifestar conforme a movimentação da justiça, que é quem está julgando ela nesse momento”, finalizou.
Mesmo presa, Tatiana Medeiros continua recebendo o salário domo vereadora de Teresina. A Polícia Federal do Piauí indiciou a parlamentar pelos crimes de organização criminosa, compra de votos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e peculato-desvio (‘rachadinha’).
Fonte: CidadeVerde