22.7 C
Jacobina do Piauí
28 de junho de 2025
Cidades em Foco
GeralNordeste em FocoPiauíPolícia

No Piauí, adolescente é apreendido por apologia ao nazismo e induzir meninas à automutilação

Foto: Ascom/SSP-PI

A Polícia Civil do Piauí em parceria com autoridades de Santa Catarina realizou uma operação de combate a crimes na internet, principalmente voltado contra estupro de vulnerável, apologia ao nazismo e ameaça de massacre.

O Ministério da Justiça, Polícia Civil do Piauí e o Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) do Ministério Público de Santa Catarina deflagraram na manhã desta sexta-feira (21) a Operação Pessinus. A operação cumpriu cinco mandados, envolvendo dois adolescentes, de 13 e 17 anos.

No Piauí, um adolescente de 13 anos foi apreendido em Ilha Grande. Segundo as investigações, ele ameaçava sequestrar, estuprar e matar uma das vítimas e realizava diversas violências sexuais por meios virtuais. O adolescente também exigia que sua ex-namorada realizasse automutilação em frente às câmeras. Durante a ação foram apreendidos em sua residência computador, celular e outros objetos.

O jovem, que já fez mais de dez vítimas, também possuía perfis de culto a símbolos nazistas, incluindo imagens de automutilação e a cruz suástica. Além de idolatrar e propagar imagens de assassinos de massacres escolares, ele praticava por meio desses perfis apologia e incitação a crimes contra a vida, bem como divulgava link de acesso a um grupo de mensagens, onde conteúdos proibidos de tortura, pedofilia, crueldade contra animais e pessoas são compartilhados, promovendo comportamentos perturbadores e ilegais.

De acordo com o diretor de Inteligência da SSP/PI, delegado Anchieta Nery, com base nas informações recebidas, a Polícia do Piauí instaurou inquérito e representou judicialmente por mandados de busca e apreensão, bem como internação provisória dos adolescentes infratores.

“As polícias judiciárias do Brasil estão preparadas para enfrentar os desafios virtuais! Hoje a quantidade de crimes cometidos em meio cibernético já é maior que o número de crimes cometidos fisicamente.  Os pais e sociedade têm papel fundamental nesse contexto, devendo proteger as crianças e adolescentes por meio da orientação e acompanhamento. Abusos não serão tolerados em nenhum meio”, explicou o delegado.

Através do Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) do Ministério Público de Santa Catarina, foram localizadas a existência desses perfis em redes sociais que demonstravam a intenção de cometer atos graves de violência contra pessoas, incluindo estupros e mutilações, massacres em estabelecimentos de ensino e culto e enaltecimento a símbolos ligados ao nazismo.

Dentre os perfis identificados pelos trabalhos policiais, outro também chamou bastante atenção. Tratava-se de uma adolescente que aparentemente tinha a intenção de incendiar uma escola. No entanto, os trabalhos da polícia revelaram que na verdade a adolescente estava sendo vítima de extorsão sexual, encontrando-se numa realidade de submissão decorrente disto.

A ação integrada é promovida pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (DIOPI/SENASP/MJSP) com o objetivo de combater crimes de constrangimento ilegal, ameaça, violência psicológica contra a mulher, estupro de vulnerável, apologia de crime ou criminoso, bem como incitação à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, todos praticados no âmbito da internet.

As polícias do Rio de Janeiro e Mato Grosso também apoiaram a ação.

Rebeca Lima e Yala Sena (Com informações da SSPI)

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais