24.1 C
Jacobina do Piauí
27 de junho de 2025
Cidades em Foco
DestaqueGeralPiauí

Na Argentina, Marcos Vitor utilizava nome falso e trabalhava em restaurante

Marcos Vitor Aguiar Dantas, condenado por estuprar a irmã e uma prima, utilizava nome falso e trabalhava em um restaurante na Argentina.  Ele foi preso nesta quinta-feira na cidade de Mar del Plata, após um trabalho investigativo que contou com apoio da Interpol e da Polícia Federal argentina.

No país vizinho, Marcos Vitor se apresentava como ‘Pedro Saldanha’ e tinha uma aparência diferente da que utilizava quando ainda morava em Teresina. Com cabelo grande e barba o ex-estudante de medicina levava uma vida normal, segundo a polícia.

“Conseguimos identificar inicialmente que ele estava em Buenos Aires, no entanto, depois que foi publicada a sentença de condenação, ele começou a se movimentar. Tivemos que reativar o trabalho de levantamento e monitoramento nas redes sociais. Ele usava nome falso e estava vivendo uma vida normal na Argentina, inclusive trabalhando em um restaurante como freelancer”, explicou o delegado Matheus Zanata, que coordenou as investigações.

As diligências também foram realizadas no ambiente cibernético para ajudar na localização e na prisão do investigado.

“Quando surgiu essa possibilidade da pessoa que usava o nome de Pedro Saldanha ser na verdade o Marcos Vitor, foragido da Justiça do Piauí, o delegado Matheus Zanatta acionou a gente para fazer essas confirmações, fazer o que era possível fazer à distância. Isso foi feito em um espaço curto de tempo. A partir daí foi só a burocracia necessária para poder cumprir essa prisão”, destacou o delegado Anchieta Nery, que comandava a delegacia de repressão aos crimes de informática.

A prisão de Marcos Vitor foi confirmada na manhã desta quinta-feira (19) pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí.

O caso

Marcos Vitor Aguiar Dantas foi condenado a 33 anos oito meses e sete dias de prisão em regime fechado pelo estupro de duas meninas, uma delas sua irmã.

Pelo estupro da irmã, Marcos Vitor foi condenado a 23 anos e quatro meses e pelo estupro da prima a condenação foi de 10 anos, quatro meses e sete dias. Na decisão do juiz, o estudante foi absolvido de uma terceira denúncia de estupro, também contra uma prima.

O caso, que foi investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), ganhou repercussão nacional e chocou o país.

As denúncias contra foram encaminhadas à polícia em agosto de 2021. As violências sexuais ocorriam, diz a mãe de uma das vítimas, quando Marcos Vitor tinha oportunidade de ficar sozinho com as meninas, inclusive durante viagens familiares.

Em depoimento, a mãe informou que por causa dos abusos, sua filha teve depressão, se automutilou e tentou suicídio.

Fonte: Natanael Souza / CidadeVerde

Notícias relacionadas

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Se você está de acordo, continue navegando, aqui você está seguro, mas você pode optar por sair, se desejar. Aceitar Leia mais