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29 de junho de 2025
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Motoristas de ônibus adiam nova greve e vão aguardar proposta dos empresários no Piauí

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Após mais de 3 horas de reunião a portas fechadas com empresários na sede da da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) nesta quinta-feira (3), o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Piauí (Sintetro-PI) adiou a decisão sobre uma possível nova greve de motoristas e cobradores de ônibus do transporte público de Teresina.

No encontro com membros do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos  de Passageiros de Teresina (Setut) e da Procuradoria Geral do Município (PGM), o Sintetro-PI concordou com uma nova rodada de negociações na próxima segunda-feira (7), data em que a categoria realizaria uma Assembleia Geral para decidir sobre a paralisação das atividades.

“Teve um resultado, com a intermédio do superintendente vamos  sentar com o Setut segunda-feira para apresentar nossas propostas. Aí a gente vem terça-feira para a Strans, junto com o Setut, para apresentar os pedidos e para que seja feita uma avaliação para resolver a situação o mais rápido possível”, afirmou Antônio Cardoso, presidente do Sintetro.

A reunião foi presidida pelo gestor da Strans, major Cláudio Pessoa, que afirmou ao Cidadeverde.com que o órgão está buscando um acordo entre as partes para evitar uma nova greve de motoristas e cobradores de ônibus em Teresina.

“Na verdade conversamos e entendemos que é preciso aparar algumas arestas para não prejudicar diretamente o usuário, mas acredito que nessa rodada de conversação acredito que vamos chegar a um entendimento comum. A ideia da prefeitura é propiciar esse espaço de negociação”,  explicou o superintendente.

As reivindicações

Motoristas e cobradores cobram dos empresários a assinatura da convenção coletiva da categoria, com um reajuste salarial linear de 19,98%. A categoria, que esteve reunida com o prefeito Dr. Pessoa (MDB) na quarta-feira (2), também pleiteiam o retorno de benefícios como o plano de saúde e ticket de alimentação.

“Queremos dialogar para chegar em uma solução com todas as partes. Entendemos que a população já foi muito prejudicada […] Hoje não sabemos o que temos [de salário]. Muitos trabalhadores pagam por horas e outras por dias. Somente duas empresas pagam conforme a CLT, as outras fazem o que querem com o trabalhador. Então, a convenção que nos dá nossa carga horária e salário para não ficarmos sem saber no final do mês”, pontuou o sindicalista.

Por outro lado, empresários do Setut argumentam que não tem como arcar com as reivindicações da categoria sem auxílio do poder público. Caso o impasse não seja contornado, motoristas e cobradores podem deflagrar uma nova greve de ônibus na capital na próxima quarta-feira (9).

Tentando se antecipar a este cenário, a Strans já iniciou o processo de cadastro de veículos em caso de uma paralisação. “A prefeitura tem a obrigação de manter a prestação do serviço, se houver a paralisação ou greve é um direito deles e nós vamos trabalhar com o transporte autorizado, para não ter paralisação do serviço”, finalizou o superintendente.

Fonte: Bárbara Rodrigues e Rebeca Lima / CidadeVerde

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