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27 de junho de 2025
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“Mortes não evitáveis”, analisa delegado sobre sete assassinatos em 48 horas

Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

O Piauí registrou uma curva acentuada de mortes violentas durante o último fim de semana. Em dois dias foram sete assassinatos, sendo dois na Capital e cinco no interior do estado. O delegado Anchieta Nery, diretor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), diz que os recentes homicídios ocorreram em um contexto diferente dos que normalmente foram registrados no primeiro semestre e analisa os casos como “mortes não evitáveis”.

“Muitas dessas mortes, nos últimos 60 dias, passaram a ser mortes com o meio empregado faca e pedra. São mortes que acontecem na zona Rural das cidades, próximos a bares. Então vão envolver o consumo de bebida alcoólica e o consumo de drogas por pessoas que, até eventualmente estavam bebendo juntas, entraram em discussão e uma acaba matando a outra. Seriam as mortes não evitáveis. A gente não pode admitir, de forma alguma, é o estado paralelo, pessoas se juntando para executarem outras”, destaca Nery.

Nesta segunda-feira (25), mais dois corpos foram encontrados em Teresina, nas zonas Sul e Leste. 

O delegado reconhece que os sete assassinatos em um pequeno intervalo de tempo chamam atenção, diante da redução significativa de mortes violentas no Piauí, principalmente na Capital.

Ao citar o “estado paralelo”, o diretor de Inteligência da SSP-PI faz referência as facções criminosas em expansão no estado e que direcionou as forças de segurança a adotar estratégias diferenciadas para combater esses grupos.

“A gente faz o monitoramento constante de diversos números, de interesse da Secretaria de Segurança Pública, das mortes violentas intencionais, roubo e furto de veículos, roubo e furto a transeuntes. Temos percebido uma mudança nessas mortes no estado. Iniciamos o ano com um alto índice de mortes por mês, a imensa maioria relacionada a atividades de facções criminosas, o que levou a uma mudança de trabalho da Secretaria de Segurança, um reforço no combate a facções e, nos últimos 60 dias, já observamos uma mudança nessas mortes violentas. A gente sempre está acompanhando os macro e micro dados relacionados a essas mortes”, conclui Anchieta Nery.

Por Graciane Araújo / CidadeVerde

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