Os moradores do povoado Serra Azul, pertencente a Monsenhor Hipólito, na Br020, realizaram uma manifestação no último sábado, 29. Queimaram pneus e madeiras bloqueando a passagem de veículos. O objetivo foi chamar a atenção das autoridades, pois já houveram muitos acidentes fatais. Conforme relata Francisco Fernando, morador da localidade, o último aconteceu sábado passado 22-09 e dois rapazes vieram a óbito.
De acordo com um dos organizadores, José Luís, “a manifestação foi de forma pacífica e não houve nenhum tipo de tumulto ou desacato”. Ele diz ainda que a localidade possui “2 colégios, 3 postos de combustível e várias igrejas”, além disso “é um povoado onde reside aproximadamente 500 famílias”. Ele esclarece ainda que devido ao “fluxo de veículos em alta velocidade, atingindo a faixa de 140 a 180 km/h” a população vem perdendo entes queridos vítimas de acidentes.
Durante todo o dia foram espalhados cartazes e faixas pedindo por mais sinalização e menos mortes. Segundo Fernando os moradores querem quebra-molas, sensores de velocidade, radares, entre outras sinalizações que possam diminuir o número de acidentes. Além disso alguns os cartazes traziam frases em homenagem as vítimas.
O ato teve início por volta das 5 horas da manhã e só acabou em torno das 18 horas, quando o Policial Rodoviário Fábio, conseguiu convencer os manifestantes a liberarem a pista, em troca ele levaria o representante da comunidade ao DNIT para uma reunião sobre as reivindicações, nesta segunda, 01-10.
Visto que estamos às vésperas das eleições a moradora, Aldeny Sá, fez questão de ressaltar que a manifestação não tem nenhuma ligação política, “quem está manifestando somos nós, não tem político pelo meio, o movimento não visa prejudicar ou favorecer nenhum candidato, o que os moradores querem é mudar essa situação”.
A manifestação foi organizada e informada a PRF e ao DNIT com antecedência, mas a única autoridade presente foi a PRF, que coordenou o bloqueio e negociou a liberação da via após cerca de 13 horas. José Luís desabafa, “a população está indignada com o descaso das autoridades competentes e responsáveis pela via”.
Por Mayara Oliveira – Cidades em Foco