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26 de junho de 2025
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Médico sobre risco de encefalite por dengue em crianças; veja

Foto: Tv Cidade Verde

A encefalite viral, uma complicação grave da dengue, tem chamado atenção de médicos e especialistas diante do aumento de casos mais severos em crianças. O neurologista Frederico Maia explicou, em entrevista, os riscos da condição e reforçou a importância da vacinação como forma de prevenção.

“A encefalite é uma inflamação do cérebro causada por infecção. No caso da dengue, é uma complicação rara, mas grave. Ela pode se manifestar com febre, dor de cabeça, confusão mental, sonolência excessiva, alucinações, crises convulsivas e até coma”, explicou o especialista.

Segundo ele, os extremos de idade — crianças e idosos — são os mais suscetíveis, já que o sistema imunológico tende a ser mais frágil. “A depender da área do cérebro afetada, a encefalite pode deixar sequelas motoras e cognitivas, como paralisias ou retardo mental”, afirmou.

O médico ressaltou que o diagnóstico nem sempre é fácil e pode depender da rapidez com que a família identifica que há algo errado. “O ponto crucial é o reconhecimento precoce de sintomas que fogem do padrão comum da dengue. Se houver sonolência excessiva ou comportamento alterado, é necessário buscar atendimento médico imediatamente.”

Ele também comentou sobre os desafios que médicos e hospitais enfrentam para diagnosticar a encefalite por dengue, especialmente porque a condição é rara.

“Às vezes, o diagnóstico pode demorar, pois os sintomas iniciais podem se assemelhar aos de outras complicações. No entanto, é fundamental que as famílias fiquem atentas a qualquer sinal neurológico, como uma mudança súbita no comportamento da criança. O ideal é procurar ajuda médica assim que qualquer sintoma diferente aparecer”, alertou o neurologista.

Ainda de acordo com o especialista, a vacinação é hoje a principal forma de prevenção. “A vacina da dengue, recém-incorporada no calendário do Ministério da Saúde para o grupo de 10 a 14 anos, pode evitar o desenvolvimento da doença e, consequentemente, prevenir casos graves como a encefalite.”

Apesar de rara, a condição tem ocorrido com mais frequência em alguns estados. Em março deste ano, uma criança de 6 anos morreu no Piauí após ter um quadro de encefalite confirmado post-mortem. O neurologista reforça que, mesmo com a queda geral de casos da dengue, a vigilância não pode ser relaxada.

“O cérebro comanda todas as funções do organismo. Quando ele é afetado por uma inflamação como essa, as consequências podem ser imprevisíveis e duradouras. Por isso, todo sintoma neurológico em pacientes com dengue deve ser levado a sério”, finalizou.

Fonte: CidadeVerde

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