Na manhã desta terça-feira (11) gestores em saúde dos Territórios do Vale do Guaribas e Chapada Vale do Itaim estiveram reunidos para discutir a organização de fluxos de atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Hospital Regional Justino Luz. A reunião aconteceu em uma sala do bloco de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e contou com a representação de colaboradores da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi).
Desde a inauguração da UPA, em 19 de abril do corrente ano, os municípios relatam encontrar dificuldades para referenciar os pacientes para o correto atendimento, e assim, ter acesso ao serviço de saúde.
“Acontece do nosso paciente ser atendido na UPA e ser referenciado para o Hospital, realizar exames. As vezes retornar para a UPA, fica nessa demora, onde a ambulância acaba ficando retida para dar assistência ao paciente, em que o município fica descoberto. Outro fator é que o paciente já está com a saúde fragilizada e nesse vai e vem, torna a situação ainda mais complexa”, disse o secretário de Saúde de Bocaina-PI, Iomar Bezerra.
O presidente da Comissão intergestores Regional do Vale do Rio Guaribas, Derisvaldo Xavier, explicou que durante a reunião a Sesapi apresentará a organização dos atendimentos.
“O objetivo é organizar os fluxos de atendimentos no Hospital Regional e também da UPA. Com esta nova opção de atendimento que é a UPA, a gente tem tido dificuldades com os usuários, com os atendimentos, onde cada fluxo será atendido. Pedimos essa organização de atendimentos documentada a Sesapi para que pudessemos articular nos municípios, onde o paciente ao dar saída da cidade a gente já o direcionasse. O que tem acontecido é que a pessoa chega na UPA, o atendimento não é aqui retorna para o Hospital Regional. Quando chega ao hospital é informado que o paciente é preciso ser regulado pelo município e fica nesse impasse aguardando o atendimento”, relata.
O diretor da unidade de Saúde Digital da Sesapi, Gabriel Mauriz, explicou que a Sesapi tem mantido diálogo aberto com os gestores municipais em saúde. Assim sendo, a UPA será a porta de entrada de urgência e emergência e o Hospital Regional situações mais complexas.
“Já tivemos uma reunião anterior e hoje estamos apresentando essa organização de fluxos de atendimentos. É normal que durante uma mudança de rotina, ocorra essa adaptação. O que destacamos é que a UPA é a porta de entrada de urgência e emergência. Já o Hospital Regional ficará responsável por atender traumas graves, obstetrícia, cirurgias eletivas, pediatria”, disse o diretor.
Gabriel Mauriz ainda ressaltou que durante a reunião será explicado como os municípios realizam a regulação direta ao Hospital Regional Justino Luz por meio do sistema utilizado pela Sesapi.
