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23 de abril de 2025
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Geladeiras do IML quebram, corpos descongelam e mau cheiro incomoda

Mais de 40 corpos de pessoas não identificadas permanecem de forma irregular no Instituto Médico Legal (IML), zona Sul de Teresina, por falta de caixões para que sejam enterrados. O diretor do Instituto, Janiel Guedes, diz que um outro ponto agrava o problema e prejudica moradores da região: duas geladeiras que conservam os corpos tiveram problemas e o mau cheiro tomou conta do bairro.

Ele explica que faltam repasses para o Instituto conseguir arcar com as despesas dos caixões para o enterro. Isso porque as pessoas não foram identificadas e não há famílias que possam se responsabilizar pela situação.

“Cada caixão custa em média R$ 200, mas aí multiplica-se por 40 corpos, dá uma quantia elevada, não temos esse dinheiro, temos tido poucos repasses, em um ano foram enviadas quantias apenas quatro vezes. A última repassada, de R$ 14 mil, nós usamos no conserto das geladeiras, que começaram a apresentar problemas. Ela precisam estar a 0° C, para congelar os cadáveres, mas algumas estavam ficando a 6° C. Por isso o mau cheiro está tão ruim”, explicou.

Moradores das quadras 80 a 83 do bairro Saci, zona Sul de Teresina, reclamam do mau cheiro que sai do Instituto. Na noite desta sexta-feira(03), eles tiveram que fechar portas e janelas ainda mais cedo por não aguentarem o fedor que tomou de conta das ruas próximas.

Um casal de moradores, que não quiseram se identificar, dizem que o mau cheiro é frequente e que nesta noite mal conseguiram dormir. A aposentada Rosária Oliveira afirma que chegou a passar mal.

O diretor explicou que a situação já foi resolvida e que os técnicos têm feito faxinas e limpezas no local para tentar minimizar o mau cheiro e que a situação deve normalizar dentro de alguns dias. Ao todo, são 11 geladeiras que armazenam os corpos e duas apresentaram problemas. Segundo ele, o problema das geladeiras já foi resolvido. No momento, ele afirmou que busca soluções para realizar o enterro dos corpos.

 

Maria Romero e Caroline Oliveira / Cidade Verde

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