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27 de junho de 2025
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Entenda como a alta do dólar pode impactar no bolso do piauiense

Billie dollar. money background

vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos fez o preço do dólar disparar. A moeda americana subiu 1,4% em relação a outras moedas no mundo. Na manhã de hoje (06), o dólar chegou a R$ 5,86, o maior valor em relação ao real brasileiro desde 2020. Na prática, a o dólar subir significa que ele está valorizado, ao passo que a moeda brasileira se desvaloriza.

A conta é simples: quanto mais alto o preço do dólar, maior a quantidade de reais necessários para se comprar US$ 1 e todos os produtos que são comercializados tendo a moeda americana como cotação acabam por ficarem mais caros. Por mais que a eleição seja nos Estados Unidos e que a moeda americana não circule de forma direta no Brasil, o bolso do piauiense sente suas oscilações.

Praticamente tudo que o brasileiro consome hoje em sai tem seus preços atrelados ao dólar ou dependem de importação. Para serem importados com o dólar mais valorizado, precisa-se de mais dinheiro. Se os produtos encarecem na importação, significa que o consumidor terá que pagar mais por eles. Só para citar alguns exemplos, produtos como eletrônicos (smartphones, computadores e peças de computadores) podem ficar mais caros com a alta do dólar.

Produtos agrícolas como carne de bovinos e de aves, a soja e o milho, dentre outros itens, podem se tornar até mais atrativos para quem exporta, mas para quem importa significa ter que desembolsar mais. O economista Francisco Sousa explica que o impacto da alta da moeda americana no dia a dia do piauiense é mais em relação aos itens que têm seus preços atrelados ao dólar: isso impacta em um preço em real de venda maior para o consumidor final.

Um dos maiores medos dos consumidores com a alta do dólar está no preço dos combustíveis. O petróleo e tudo aquilo que dele deriva é internacionalmente negociado na moeda americana. Mas para garantir a proteção do mercado interno, o preço final vai depender da política adotada pela Petrobras.

“Tem que se saber o preço do barril do petróleo, mas vale lembrar que o dólar está presente tanto como parâmetro de cotação, quanto para exportar e importar combustível. Os próprios insumos usados pela indústria petrolífera no Brasil são precificados em dólar. Se a produção encarece, o produto final tende a encarecer também”, explica Francisco Sousa.

A alta do dólar vai durar até quando?

Para o economista Francisco Sousa, a permanência ou não dessa cotação elevada do dólar vai depender muito dos próximos acontecimentos a nível de Brasil e das deliberações do Comitê de Política Monetário, o COPOM, do Banco Central. O COPOM tem uma projeção de elevação da taxa Selic para 10,75% e isso, segundo o economista, pode acalmar um pouco o mercado.

“É uma medida que visa controlar a inflação. Temos ainda a própria questão dos anúncios do governo quanto ao controle dos gastos públicos e a questão fiscal do governo também. O importante em termos em mente que a economia brasileira não fica totalmente à mercê das oscilações do dólar. Existem ações a nível nacional que podem ajudar nesse contexto das cotações, muito embora tenham ações a nível global sobre as quais o Brasil não tem gestão”, finaliza Francisco Sousa.

Fonte: Portal O Dia

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