Mais de 130 pessoas foram vítimas de um golpe aplicado por criminosos que se passam por advogados em Teresina. As vítimas incluem tanto clientes com processos em andamento na Justiça quanto advogados que tiveram sua imagem usada indevidamente. Os casos estão sendo investigados pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
De acordo com o delegado Humberto Mácola, responsável pelas investigações, os golpistas acessam informações públicas para obter dados das vítimas. A partir dessas informações, eles identificam ações judiciais que envolvem valores a serem recebidos e iniciam o golpe.
“Com os dados da vítima, eles verificam se há alguma ação judicial em andamento com possível valor a receber. A partir disso, o golpista entra em contato se passando pelo advogado, usando sua imagem, mas com um número de telefone diferente, e afirma que a ação foi vencida”, explicou.
Em seguida, os criminosos solicitam que a vítima realize uma transferência bancária referente a supostas gratificações ou custas judiciais, sob o pretexto de liberar o valor ganho na ação. Convencida de que está falando com seu advogado, a vítima faz o pagamento para uma conta indicada pelo golpista. Somente depois ela percebe que caiu em um golpe. E na verdade, a ação judicial citada ainda não teve decisão favorável nem valor liberado.
O delegado Humberto Mácola, deu orientações para a população não cair no golpe.
“Em primeiro lugar, é fundamental que as pessoas nunca iniciem conversas ou diálogos com perfis que não estejam salvos na agenda de contatos, mesmo que a imagem de exibição seja de alguém conhecido. Em segundo lugar, jamais devem realizar pagamentos via Pix para contas que não estejam em nome do próprio advogado ou no CNPJ do escritório vinculado a ele. Ou seja, nunca façam transferências para pessoas desconhecidas”, orientou.
A polícia ainda não tem uma estimativa dos prejuízos financeiros causados pelo golpe. As investigações continuam em andamento.
Fonte: CidadeVerde