Na manhã do último sábado (31), a Praça Dr. Isaías Coelho foi o espaço escolhido para a realização da I Exposição de Arte dos Usuários do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), promovida pela Secretaria Municipal de Saúde como parte das atividades do mês da luta antimanicomial.
O evento reuniu usuários do CAPS, profissionais da saúde e moradores da comunidade, valorizando a arte como forma de cuidado, expressão e inclusão. As obras expostas foram produzidas ao longo de oficinas terapêuticas, com orientação e acompanhamento do artesão Emanoel.






Representando a gestão municipal, a diretora da Atenção Básica em Saúde, Laiane Rodrigues, destacou que ações como essa reforçam um modelo de cuidado mais leve, humano e centrado na pessoa. Segundo ela, a arte tem um papel importante no processo de cura, autoestima e reinserção social, e a gestão se sente orgulhosa em apoiar esse tipo de iniciativa.

A coordenadora do CAPS, Ticiana Castro, ressaltou que a exposição foi resultado do envolvimento e da dedicação de toda a equipe e dos usuários. Ela frisou que o evento deu visibilidade ao talento e à sensibilidade das pessoas atendidas pelo serviço, fortalecendo o protagonismo de cada um no processo de cuidado.
O instrutor de arte do CAPS, Emanoel, falou sobre o processo criativo nas oficinas e o envolvimento emocional dos participantes. Para ele, mais do que aprender técnicas, os usuários encontraram na arte uma forma de se expressar e ressignificar vivências. Ver esse resultado sendo compartilhado com a comunidade, segundo ele, foi profundamente emocionante.

Além da exposição, o público acompanhou apresentações musicais, depoimentos dos usuários, uma homenagem à servidora Cristiane Moura, que atuou na Secretaria de Saúde e faleceu em maio do ano passado, e o lançamento do documentário “A Liberdade Mora Aqui”, que retrata o cotidiano do CAPS e os relatos daqueles que são atendidos pela unidade.





A ação reforça o compromisso da rede municipal de saúde com um modelo de atenção psicossocial que valoriza o cuidado em liberdade, a escuta qualificada e a construção de vínculos — princípios fundamentais da Reforma Psiquiátrica e da luta antimanicomial.