O delegado Abimael Silva, da Delegacia de Homicídios Tráfico de Drogas e Latrocínio (DHTL), de Parnaíba, ouviu na tarde desta quinta-feira (2), o casal que fez a doação da cesta básica e dos peixes à família que sofreu supostamente intoxicação alimentar. Após ouvir os depoimentos, o delegado retornou à casa da família no Conjunto Dom Rufino, para recolher o restante da doação para encaminhar à perícia.
Além da polícia, o corpo do Manoel Silva de 18 anos, primeira vítima que morreu supostamente devido à intoxicação, também está na casa para o velório. No local, muitos populares acompanham o trabalho da polícia e o funeral do jovem, que era tio de Ulisses Gabriel e João Miguel mortos envenenados com caju. Ígno Davi Silva, de um ano e 8 meses, morreu na tarde de hoje, também supostamente da intoxicação alimentar.
Segundo informações apuradas pela TV Cidade Verde com o delegado Abimael Silva, as investigações continuam como morte a esclarecer. O casal que fez a doação realiza trabalho filantrópico há cinco anos em conjunto com a associação de pescadores da região e fizeram a distribuição de cerca de 30 quilos de peixes para diferentes famílias. A polícia também escutou um pescador da associação que confirmou a história.
“A gente veio buscar a questão do material que tinha sido doado doado e tudo que tem essa suspeita vai passar por perícia. O restante do material que faltou a gente pegar e agora a gentefez a arrecadação para fazer os exames toxicológicos”, afirmou o delegado em entrevista à imprensa logo após concluir as novas buscas na residência.
Um fato novo que o delegado destacou foi que o arroz que a família consumiu não teria sido o da doação, mas outro que eles teriam em casa. A hipotese de intoxicação ainda é mantida pela investigação. “Os sintomas das vítimas são de envenenamento, a família foi vítima de envenenamento anterior. Duas crianças no ano passado foram vítima e estamos aguardando o resultado do exame toxicológico porque a gente tem a suspeita que pode ter sido causa de envenenamento”, frisou o delegado.
Vítimas da intoxicação
Pelo menos nove pessoas foram vítimas da suposta intoxicação alimentação, todos seriam da mesma família e moravam na residência onde aconteceu o fato. Três pessoas tiveram alta do Hospital Regional Dirceu Arcoverde (Heda):
- L. M. L. – 17 anos
- Francisco de Assis Pereira da Costa – 53 anos – padrastro de Manoel e Francisca Maria
- Maria Jocilene da Silva – 41 anos
A Francisca Maria Silva, de 32 anos, mãe dos meninos mortos com caju, continua internada e o estado dela é considerado grave.
Três crianças ainda estão internadas no hospital Nossa Senhora de de Fátima:
- M. L. F. – 3 anos
- M. G. – 3 anos
- J. A. P. da S. – 11 anos
E dois óbitos foram confirmados:
- Igno Davi – 1 ano e 8 meses
- Manoel Silva – 18 anos
Fonte: CidadeVerde